- O que é “The Sweet Idleness”?
- FellinAI: o diretor artificial
- A visão distópica de 2135
- Ator digital e a “Existência Digital Humana”
- A polêmica e o contexto da indústria cinematográfica
- IA como complemento, não substituto
O que é “The Sweet Idleness”?
“The Sweet Idleness” é um filme distópico que se apresenta como o primeiro longa-metragem dirigido inteiramente por inteligência artificial. O projeto foi anunciado pelo produtor italiano Andrea Iervolino, conhecido por produções como Ferrari e To The Bone. A obra é ambientada no ano de 2135 e explora uma sociedade em que o trabalho humano foi quase totalmente substituído por máquinas.
FellinAI: o diretor artificial
O responsável pela direção criativa do filme é uma entidade de IA chamada FellinAI, desenvolvida pela divisão de inteligência artificial da The Andrea Iervolino Company. Apesar do título de “diretor”, FellinAI opera sob supervisão humana. Iervolino assume o papel de “Human-on-the-Loop” — ou seja, atua como supervisor criativo, garantindo coerência narrativa e estilística ao longo da produção.
Essa abordagem híbrida busca equilibrar a sensibilidade humana com a capacidade geradora da inteligência artificial, propondo uma nova forma de contar histórias no cinema contemporâneo.
The Sweet Idleness: A visão distópica de 2135
A trama de “The Sweet Idleness” imagina um futuro em que apenas 1% da humanidade ainda trabalha, enquanto os demais vivem em pleno lazer, sustentados por sistemas automatizados. O trabalho, nesse contexto, torna-se um ato simbólico, quase ritualístico, realizado em ambientes surrealistas como “catedrais-fábricas” e procissões mecânicas.
Essa premissa levanta questões filosóficas sobre o valor do trabalho, a identidade humana e o papel da tecnologia na redefinição das relações sociais. O tom poético e onírico da narrativa busca dialogar com a tradição do cinema europeu, especialmente com cineastas como Federico Fellini — daí o nome FellinAI.
Ator digital e a “Existência Digital Humana”
Além da direção por IA, o elenco do filme é composto por atores digitais da agência Actor+, também pertencente à empresa de Iervolino. Esses personagens são criados a partir de atores reais, cujas semelhanças físicas e traços de personalidade são capturados e transformados em entidades digitais geradas por IA.
A inovação vai além da tela: esses atores digitais terão uma “Existência Digital Humana” — um conceito que descreve sua presença contínua nas redes sociais, onde interagem, publicam conteúdo e constroem narrativas paralelas ao filme. Isso propõe uma nova dimensão para a atuação, em que os personagens não desaparecem após os créditos finais.Elemento Descrição Diretor FellinAI (IA supervisionada por Andrea Iervolino) Elenco Atores digitais da Actor+ com “Existência Digital Humana”
A polêmica e o contexto da indústria cinematográfica
O lançamento de “The Sweet Idleness” ocorre em um momento de tensão crescente na indústria do entretenimento em relação ao uso de inteligência artificial. Dias antes do anúncio, houve forte repercussão negativa sobre Tilly Norwood, uma atriz virtual gerada por IA, o que gerou debates sobre ética, direitos autorais e o futuro do trabalho artístico.
Apesar das críticas iniciais — inclusive pela estética “estranha” e movimentos artificiais observados no trailer —, Iervolino insiste que o projeto não visa substituir o cinema tradicional, mas sim expandir as possibilidades criativas por meio da colaboração entre humanos e máquinas.
IA como complemento, não substituto
Em suas declarações, Andrea Iervolino deixa claro que a abordagem adotada em “The Sweet Idleness” não pretende eliminar diretores, roteiristas ou atores humanos. Pelo contrário, propõe-se como um método alternativo de criação, onde a IA atua como ferramenta potencializadora da imaginação humana.
VEO 3 e SORA 2
The Sweet Idleness possivelmente utilizou o recurso do VEO 3, mas com o lançamento desta semana do SORA 2 o nivel de realismo avançou bastante a ponto de os videos produzidos tem a marca dágua para indicar que foram feitos por IA. O futuro do cinema deve estar caminhando para os projetos independentes e de pequenos produtores que estarão utilizando IAs para seus filmes ou curtas. Com a redução de custo, novas possibilidades de entretenimento audio visual estarão entrando nem nichos ainda não explorados pela indústria cinematográfica.Outros artigos que você possa se interessar
