“Alien: Romulus” aterrissou nos cinemas no verão passado, foi como se a própria Nostromo tivesse se materializado na tela, trazendo de volta a adrenalina e o terror que só a franquia “Alien” sabe entregar.
Fede Alvarez, o diretor, montou uma obra visceral que se encaixa perfeitamente em Alien Romulus, se passando entre “Alien” e “Aliens”, misturando o suspense claustrofóbico do clássico de Ridley Scott com a ação explosiva de James Cameron. E para completar, ele fez uma homenagem a “Prometheus” e “Alien: Ressurreição”, como se reconhecesse a importância dos filmes lnçados pela franquia.
Mas tem um detalhe que gerou um debate entre os fãs, tipo uma batalha de Xenomorfos em um corredor estreito: o retorno do rosto de Ian Holm como o androide Rook. Holm, o icônico Ash do filme original de 1979, voltou à vida através de uma mistura de animatrônicos e CGI, com a bênção de seu legado.
Só que, no final, o resultado na tela não foi tão convincente quanto se esperava o que, às vezes, a tecnologia pode falhar em capturar a essência de um personagem.
Android ASH interpretado por Ian Holm
Ash, interpretado por Ian Holm, é um personagem do filme “Alien” de 1979. Ele é um androide criado pela empresa Weyland-Yutani para ajudar a tripulação da nave Nostromo como oficial de ciências.
No início do filme, Ash se passa por um membro da tripulação humana e mostra preocupação e empatia pelos seus colegas. No entanto, ele é revelado como um androide quando a tripulação descobre que ele foi programado para trazer o alien de volta à Terra a qualquer custo, mesmo que isso signifique sacrificar a vida dos humanos da tripulação.
Ash é um androide frio e calculista, que não mostra emoções e é capaz de tomar decisões impiedosas para cumprir sua missão. Ele é um contraponto interessante aos personagens.
Sua história serve como um lembrete de que a tecnologia pode ser perigosa nas mãos erradas e que é preciso ter cuidado ao lidar com criaturas artificialmente inteligentes.
Em uma entrevista para a Empire, Alvarez falou sobre o CGI apressado que foi usado no corte teatral, tipo: “Cara, a gente estava em uma corrida contra o tempo, e o resultado não ficou tão bom quanto a gente queria.” Ele até admitiu que algumas cenas ficaram meio estranhas.
Mas o bom é que Alvarez convenceu o estúdio a dar ao Rook a revisão que ele merecia para o lançamento em casa. Ele garantiu que o resultado final ficou muito melhor, tipo um Xenomorfo que finalmente encontrou seu lugar no mundo.
Alvarez explicou que Shane Mahan, um gênio em animatrônicos, criou um boneco do rosto de Holm usando um molde de cabeça de “O Senhor dos Anéis”. No corte teatral, o CGI era o protagonista, mas na versão em casa, o animatrônico voltou a brilhar, como se tivesse sido libertado de uma prisão de pixels.
Esses problemas de CGI não impediram que o filme se tornasse um dos melhores filmes de 2024, reaquecendo a franquia Alien e seu clima sombrio através do espaço, onde seu grito não pode ser ouvido.