Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?

Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?

por | set 29, 2025 | Tecnologia

O futuro chegou e ele tá mais digital do que nunca. Sabe aquela vibe de filme de ficção científica? Então, ela tá virando realidade em Hollywood, e o papo é sobre Inteligência Artificial e Avatares Virtuais dominando a cena. Preparem-se, porque a próxima Scarlett Johansson pode não ser de carne e osso!

Tilly Norwood não nasceu em um hospital, não tem RG, nem conta no Instagram — mas já está causando alvoroço em Hollywood. Ela é a primeira “atriz” totalmente gerada por inteligência artificial (IA) a ser levada a sério por produtoras e agências de talentos. Criada pela produtora britânica Particle 6, Tilly é o resultado de meses de experimentação com ferramentas de IA avançadas, e seu objetivo é claro: tornar-se uma estrela do cinema do nível de Scarlett Johansson ou Natalie Portman.



Apesar de parecer uma pessoa real — fala, gesticula, até chora — Tilly existe apenas dentro de telas. Seu rosto, voz e atuação foram construídos digitalmente, usando prompts, algoritmos e uma pitada de visão criativa humana. E o mais impressionante? Ela já tem um sketch de comédia de dois minutos como portfólio — e está em negociações para assinar com agências de talentos.

A mente por trás dessa revolução é Eline van der Velden, fundadora da Particle 6 e da nova divisão Xicoia, especializada em talentos digitais. Ex-atriz e produtora com mestrado em física pelo Imperial College de Londres, ela viu na IA uma oportunidade de expandir os limites da criação audiovisual.



Em vez de encarar a tecnologia como ameaça — como muitos fizeram durante as greves de roteiristas nos EUA —, Eline a abraçou como parceira criativa. Segundo ela, a IA permite que a criatividade não seja mais limitada por orçamentos apertados ou cronogramas impossíveis. “Com IA, você pode refinar o roteiro depois de ter a cena pronta. É quase como editar um texto no Word, mas com vídeo”, explica.

Criar Tilly Norwood não foi simplesmente digitar um prompt e esperar mágica acontecer. Foi um processo minucioso, quase como dirigir um ator de verdade — só que esse ator é feito de código.



Primeiro, o roteiro foi desenvolvido com ajuda do ChatGPT, que funcionou como um “coautor”. Eline detalhou o tom, o público-alvo e o contexto da indústria do entretenimento, e a IA devolveu ideias que foram refinadas com feedback humano constante.

Depois, veio a parte visual. Cada linha de diálogo foi cuidadosamente instruída com prompts que definiam tom, emoção e entonação. Em uma cena específica, por exemplo, a IA inicialmente disse a frase “but can she cry on Graham Norton?” com entusiasmo — quando o ideal era ceticismo. Ajustar isso exigiu reescrever o prompt com mais precisão emocional, algo que Eline compara a “dar direção de atuação para um robô”.

O sketch de Tilly Norwood foi feito com 10 ferramentas diferentes de IA, cada uma com uma função específica. Confira as principais:

FerramentaFunção principal
ChatGPTRoteiro e revisões
Veo3Geração de vídeo e voz a partir de texto
Imagen 4Criação de imagens estáticas do personagem
ElevenLabsClonagem e ajuste de voz
Runway + FluxVariações de personagem e cenário
Topaz Video AIMelhoria de resolução do vídeo

Essa combinação permitiu que o projeto fosse concluído em cerca de um mês, algo que, segundo Eline, levaria três meses com métodos tradicionais.





Eline acredita que, em menos de um ano, veremos os primeiros programas de TV totalmente produzidos com IA. Além disso, ela prevê que artistas reais terão gêmeos digitais — versões virtuais de si mesmos que poderão gravar cenas mesmo quando estiverem em outra produção, resolver conflitos de agenda ou fazer reprises sem precisar estar fisicamente presentes.

“É como voltar aos anos 1950, quando os astros eram propriedade dos estúdios — só que agora, os estúdios terão versões digitais deles”, diz.

Tom Davidson, ex-executivo da Sony e novo diretor comercial da Particle 6, reforça essa visão: “Grandes estúdios que antes diziam ‘não estamos prontos para IA’ agora estão correndo para entrar no jogo. A pressão por conteúdo de qualidade com orçamentos 25% menores está forçando a inovação.”

Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?
Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?
Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?
Tilly Norwood: A Primeira Estrela de Hollywood Criada por Inteligência Artificial?

Claro, nem tudo são flores. A criação de avatares como Tilly levanta questões importantes: quem detém os direitos? É plágio se a IA se inspira em atores reais? E como proteger o trabalho humano nesse novo cenário?

Eline defende que o uso ético de prompts — assim como a direção de um filme — é uma forma legítima de criação original. “Quando eu contrato um diretor, não pergunto se ele pagou direitos autorais por todos os filmes que assistiu na vida. A IA é uma ferramenta, não um criador autônomo.”

Ainda assim, ela reconhece que a regulação é urgente, especialmente sobre os dados usados para treinar os modelos de IA. Mas, para ela, o mais importante é manter o toque humano em todas as etapas: “A IA não tem desejo de criar. Ela só faz o que a gente pede.”

No fim das contas, o sucesso de Tilly Norwood — e de qualquer avatar virtual — dependerá de uma coisa só: a reação do público. Se as histórias forem boas, se houver emoção e conexão, talvez ninguém ligue se a atriz é feita de pixels ou de carne e osso.

Eline está confiante: “Há uma conexão emocional igual entre conteúdo gerado por IA e conteúdo real. Talvez a pergunta certa seja: será que a gente ainda consegue notar a diferença?”

Então, qual é a moral da história? Hollywood tá mudando, e rápido. A IA e os avatares virtuais não são mais coisa de filme, são a realidade. A Tilly Norward é só o começo. Em breve, veremos mais e mais “atores” digitais, criados por algoritmos, estrelando filmes, séries e até comerciais. Isso não significa o fim dos atores humanos, mas sim uma nova era onde o talento pode vir de diversas formas.

Essa fusão de tecnologia e arte vai trazer um monte de debates éticos e criativos, claro. Mas uma coisa é certa: o entretenimento nunca mais será o mesmo. E pra gente, que é fã de tecnologia, é tipo ver o futuro acontecendo na nossa frente. É emocionante, é inovador e, acima de tudo, é uma prova de que a criatividade humana, quando combinada com o poder da IA, não tem limites. Preparem a pipoca, porque a próxima sessão vai ser épica!


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