A frase “Não sei por quanto tempo continuarei fazendo isso” ecoou como um sussurro de incerteza vindo de Neil Druckmann, criador de The Last of Us , durante um evento recente. Enquanto fãs debatem se a série de jogos e a adaptação da HBO seguirão em frente sem um terceiro título principal, o diretor da Naughty Dog revelou detalhes sobre seus planos — ou a ausência deles — para o futuro da franquia.
Neil Druckmann – The Last of Us 3
No início de 2024, Druckmann surpreendeu ao afirmar que os fãs não deveriam “apostar” em um The Last of Us 3 . A declaração, feita durante o lançamento do documentário Grounded 2 , trouxe à tona dúvidas sobre o destino da saga. Apesar de admitir ter um “conceito” para um possível terceiro jogo, ele destacou que a prioridade é concluir a série da HBO, que adaptará os eventos de The Last of Us Part II nas temporadas 2 e 3.
Druckmann explicou que, desde o primeiro jogo, sempre priorizou encerrar histórias de forma conclusiva. “Quando criei The Last of Us 1 , não sabia se haveria uma sequência, então tinha que ter um final definitivo”, disse. Essa abordagem se repetiu em Uncharted 4 e The Last of Us Part II , onde temas como amor incondicional e busca por justiça foram explorados até seu desfecho. Para ele, é crucial que cada capítulo tenha autonomia, mesmo que novas ideias surjam no futuro.
Além da série da HBO, Druckmann está envolvido no desenvolvimento de Intergalactic: The Heretic Prophet , novo projeto da Naughty Dog. Essa divisão de atenção levanta perguntas sobre sua disponibilidade para um terceiro jogo. “Minhas mãos estão bem ocupadas”, admitiu, destacando que a conclusão da terceira temporada da série — que cobrirá elementos de Part II — é prioridade no momento.
The Last of Us Part 3 vai sair?
Apesar das incertezas, Druckmann revelou que um “conceito” para The Last of Us 3 existe. Inspirado na mesma linha temática dos anteriores, ele descreveu a ideia como “tão empolgante quanto os primeiros jogos”. No entanto, ressaltou que a Naughty Dog só seguirá adiante se houver paixão genuína pela história. “Se não conseguirmos fazer isso novamente, esse é um ótimo ponto final”, afirmou, referindo-se à possibilidade de encerrar a saga sem um terceiro título.
A liberdade de decidir o futuro da franquia é um luxo raro na indústria, e Druckmann reconhece isso. “O melhor de trabalhar na Naughty Dog é que não precisamos fazer isso [continuar a série]”, disse. A empresa apoia projetos que motivem sua equipe, mesmo que isso signifique deixar The Last of Us em segundo plano. Essa postura reflete uma filosofia de respeito à narrativa e à criatividade, em vez de pressões comerciais.
Enquanto os fãs aguardam ansiosos por respostas, Druckmann mantém o foco no presente: finalizar a série da HBO e explorar novos horizontes com Intergalactic . Se The Last of Us 3 acontecerá, só o tempo dirá. Por ora, o legado da franquia já está consolidado — mas a porta para um novo capítulo, mesmo que incerto, permanece entreaberta.


