Criado em 2019 pelo ilustrador João Queiroz, o amazofuturismo é um desdobramento da ficção científica que explora as possibilidades tecnológicas das culturas indígenas amazônicas. Assim como o afrofuturismo deu vida às interessantes ideias de aldeias africanas mais avançadas do que o mundo ocidental, o amazofuturismo cria um novo olhar sobre as antigas lendas de civilizações avançadas escondidas no coração da floresta.
Das artes visuais para a literatura, o autor Rogério Pietro deu vida ao novo gênero ao publicar o primeiro romance dessa nova vertente. O livro Amazofuturismo foi publicado na forma de ebook na Amazon.
Em suas 176 páginas, ele conta o desenvolvimento e o destino da tribo fictícia Wara, que recebeu dos atlantes a semente de uma tecnologia baseada no ouro. Os habitantes da aldeia chamada Tabora Boti vivem em harmonia com a natureza, e sua tecnologia é totalmente integrada ao ambiente em que vivem. A maior parte da história se passa na época do descobrimento do Brasil, quando colonizadores europeus, vindos do país fictício chamado Coroa, invadem o novo continente com tecnologia steampunk. Enquanto os conquistadores se aprofundam cada vez mais na selva, eles descobrem que em algum lugar distante existe uma imensa cidade toda feita de ouro. A jornada mostra o choque das culturas e interesses.
O ebook Amazofuturismo pode ser adquirido na Amazon:
https://www.amazon.com.br/dp/B08V3Y5QHX
O livro Amazofuturismo foi publicado em janeiro de 2021. De acordo com Rogério Pietro, o novo subgênero “nasceu de uma evolução natural das antigas lendas indígenas que falavam de um povo muito avançado e de sua cidade de ouro”. A grande diferença é que a nossa percepção da tecnologia também avançou, e isso empresta novas cores e ideias que podem ser exploradas na literatura.
“Hoje nós temos internet, celulares, nanotecnologia e outras coisas que não existiam no tempo em que as lendas ou outros livros antigos foram escritos”, lembra Rogério.
Por outro lado, o autor considera que dar ao índio acesso à internet, telefone móvel e calça jeans não tem nada a ver com amazofuturismo. Isso seria apenas transformar o índio em um cidadão “civilizado”. Um dos aspectos fundamentais do amazofuturismo é que a tecnologia deve ser inovadora e única. Ela deve conversar com os elementos culturais da região, e não importar tecnologias que existem em outros povos da atualidade. A finalidade não é transformar o índio em uma coisa que ele não é, e sim imaginar como serão as tecnologias futuras com base no que os índios possuem culturalmente. O respeito à natureza é um desses aspectos.
Mas a característica mais importante do subgênero, de acordo com Rogério, é que o protagonismo das histórias passa a ser dos índios amazônicos, e não mais do explorador europeu, americano ou brasileiro. A trama se passa do ponto de vista deles, ficado aos estrangeiros o rótulo de exótico. Este é um ponto fundamental que separa o amazofuturismo das lendas ou livros já escritos que contam histórias fabulosas de civilizações grandiosas perdidas na selva.
O ebook Amazofuturismo pode ser adquirido na Amazon:
https://www.amazon.com.br/dp/B08V3Y5QHX
Outras obras de Rogério Pietro
- A nova ficção científica brasileira por Rogério Pietro
- RUR – Robôs Universais de Rossum – Obra de Ficção Científica em financiamento coletivo no Catarse
Sobre o autor Rogério Pietro
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