A segunda temporada de The Last of Us não apenas continua a história de sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico, mas também mergulha fundo na complexidade emocional de seus personagens. Entre eles, Joel, interpretado por Pedro Pascal, surge como um homem marcado por traumas e decisões controversas. Em entrevistas recentes, Neil Druckmann, cocriador da série, revelou por que o personagem precisa de terapia, destacando a importância de explorar a saúde mental em narrativas de ficção.
Joel carrega o peso de escolhas extremas, como sacrificar vidas para proteger Ellie na primeira temporada. Essas ações, embora compreensíveis em contexto, geraram cicatrizes psicológicas. Druckmann explica que a terapia introduzida na segunda temporada serve como um espelho para o personagem: “Joel não é um herói clássico. Ele é alguém que fez coisas terríveis por amor e agora precisa confrontar as consequências disso” . A série não romantiza sua dor, mas a expõe como parte essencial de sua humanidade.
A Terapia de Joel como elemento narrativo em The Last of Us 2
Cenas divulgadas mostram Joel em sessões de terapia, um recurso pouco comum em histórias de ação. Esses momentos, segundo Druckmann, são uma forma de “dar voz ao silêncio que Joel carrega” . Em vez de focar apenas em conflitos externos, a série aborda a luta interna do personagem. A terapia não o “cura”, mas oferece um espaço para que ele reconheça sua própria vulnerabilidade — algo que o público raramente vê em protagonistas masculinos de histórias de sobrevivência.
A Visão de Neil Druckmann para The Last of Us 2
Para Druckmann, a inclusão da terapia reflete um propósito maior: “Queremos que o público entenda que força não é a ausência de medo ou dor, mas a coragem de encará-los” . O cocriador enfatiza que Joel não é um vilão, mas alguém que precisa lidar com a culpa e a ambiguidade moral de suas ações. Essa abordagem humaniza o personagem, tornando-o mais relatable, especialmente para espectadores que já enfrentaram desafios emocionais.
The Last of Us 2 – Pedro Pascal e a dor de Joel
Pedro Pascal, em entrevistas, compartilhou sua perspectiva sobre interpretar Joel: “Há uma dor silenciosa nele. Ele não chora ou grita, mas você sente o peso em cada gesto” . O ator destacou a importância de retratar a terapia como um processo genuíno, evitando estereótipos. Pascal também mencionou que as cenas de terapia foram desafiadoras, pois exigiam transmitir emoções complexas sem diálogos expositivos.
The Last of Us – Saúde Mental em Narrativas
A decisão de abordar a terapia em The Last of Us sinaliza uma mudança na forma como a cultura pop lida com temas psicológicos. Druckmann afirma que “a saúde mental não é um plot twist, mas parte da jornada humana” . Ao mostrar Joel em terapia, a série convida o público a refletir sobre a importância de buscar ajuda e a desconstruir o estigma em torno do cuidado emocional, mesmo em contextos extremos.
Joel não é apenas um sobrevivente de um mundo caótico, mas um homem em busca de redenção e autocompreensão. A segunda temporada de The Last of Us usa a terapia como ferramenta narrativa para explorar suas vulnerabilidades, provando que histórias de ação podem — e devem — dialogar com questões profundamente humanas. Como disse Druckmann: “Ninguém sai ileso de uma guerra, nem mesmo os que vencem” .
